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Um (outro) Discurso

Saudação às autoridades – Situação atual do mundo – O Brasil, país escolhido por Deus – O fundamento do Primitivo Cristianismo – Simbolismo do templo – O mundo de após guerra – O benefício da experiência – O potencial humano e as riquezas da América – O triunfo da Verdade.

Meus senhores, minhas senhoras!

Reunidos pela Santa Vontade de Deus, invocamos a Nosso Senhor Jesus Cristo, para que nos abençoe, derramando Seu Santo Espírito sobre todos nós e nos dirija em todos os nossos atos.

Sejam recebidas as minhas palavras, sem preconceitos, aspirando no íntimo de minha consciência que reine em todos a mesma singeleza interna que me move para agradecer vossa assistência a este ato cívico-religioso, como, também, assinalar os erros da humanidade e animar os espíritos abatidos nas trevas do mundo, demonstrando com a lógica incontrovertível da veracidade dos fatos, o rumo que terá que seguir todo homem que anele uma melhor organização da sociedade das nações, dos Estados, dos povos, já que sem o melhoramento individual jamais poderia se realizar o grande ideal de progresso da coletividade.

E, neste fim, porei todo esforço de que seja capacitado, para levar adiante, mais que um ideal de homem, uma predestinação que me impulsiona a não ver obstáculos, devido a que levo comigo uma potencialidade espiritual que vem de Deus, que não se apresentou inopinadamente, mas depois de muitíssimos anos de meditação. Daí o porquê da força dos meus raciocínios e da capacidade que recebe todo ser que trabalha para o seu próprio progresso espiritual, tendo em vista o progresso dos seus semelhantes, longe dos egoísmos, universal, visto que nenhum conhecimento humano deixa de ser universitário, quando se comprova pela experimentação. Assim sou impulsionado pelo amor ao próximo, que vai até aqueles que não aceitam nada novo, como se a humanidade em todas as suas atividades houvesse chegado a um estado de estagnação, quando se trata do tema das religiões, sem meditar que estas não se subtraem à Lei do Progresso.

A vida é renovação constante, movimento em todo sentido, avanços e retrocessos. Nada mais difícil que trocar o credo religioso do indivíduo, por mais que seja o mesmo Cristo, o mesmo Nazareno, como nos faz conhecer a História, pois Ele é a corrente impetuosa que derruba o muro de separação entre a Terra e o Céu, entre o homem e Deus, como nos explica o Apóstolo, falando por todos os primeiros cristãos: Nós não vivemos nem nos movemos em nossos corpos, nós vivemos e nos movemos no Espírito. E, se essa Doutrina é emanada da Justiça Eterna e Imutável, mais fortemente que todas as leis naturais, exerce a sua ação sem distinção de preconceitos humanos, extensiva a todas suas criaturas que, com sinceridade, a pratiquem, o que foi conhecido pelos Apóstolos com o nome que claramente a determina: Lei de Obediência ou Lei de Cristo, dizendo concordantemente que dentro da Lei de Liberdade, ninguém se salva, o que equivale a dizer: SEM OBEDIÊNCIA A DEUS NÃO HÁ SALVAÇÃO. Esta é a verdadeira Caridade Divina, pela qual tornamos, como o filho pródigo, à casa do Pai; a Caridade de onde brotam toas as ações humanitárias que vêm do Único Bom, conforme a declaração do Senhor: Não há senão um só Bom, o Pai. Se Deus é Amor, segundo a definição de São João Apóstolo, vemos, pois, o contraste que ser apresenta numa civilização que, sem se dar conta, se denomina cristã, estando diametralmente oposta ao principal postulado do Cristo, e isto não de agora, mas de longos séculos. O amor não existe e por isso vêm as guerras e revoluções, e todos os crimes e delitos, que são as suas consequências. Neste período de profunda crise das nações, de tremendas provações, considero um dever de minha consciência obedecer a Deus antes que aos homens, do contrário seria indigno de mim mesmo e dos homens, e quanto mais de Deus, sabendo as causas das provações humanas. que conduzem à condenação, não levantasse em alta voz, pregando o Verdadeiro Caminho da evolução superior do homem e salvá-lo de tantíssimas infelicidades. Guardar silêncio seria obra de covarde, seria guardar a moeda da parábola de Cristo. Eis o motivo que me moveu a abandonar meus afazeres profissionais e consagrar-me exclusivamente ao apostolado do Santo Evangelho de Obediência a Deus, realizável no foro interno da consciência, dentro dos Mandamentos e Estatutos, disseminados no Antigo e Novo Testamentos, longe de toda prática que se opõe ao postulado evangélico: Não sigais doutrinas dos homens ou doutrina dos espíritos. Sou completamente puritano no cumprimento do Evangelho, tanto eu como milhares de pessoas que me seguem.

Como levo na minha alma a força indestrutível da Verdade, essa força é a que alenta nossos passos e de todos os que comungam comigo dos mesmos princípios universais, nos quais se baseia o melhoramento do indivíduo, sua evolução superior, e nos quais terá que basear-se sua paz interna e a paz interna das nações de modo permanente. Sem pensar como Cristo, sem terem os homens a Mente de Cristo, jamais poderá existir paz na terra! Se o homem não tem essa paz interna, nunca poderá cessar a guerra externa! Lembremos os apóstolos que declaravam: Nós temos a Mente de Cristo, e assim nos será fácil compreender quão longe está do Cristianismo Verdadeiro a humanidade atual, nada valendo todos os ritos externos, nem os rogos, pois Nós sabemos que Deus não escuta pecadores, mas se alguém temer a Deus e fizer a Sua Vontade, a este Ele escuta. E estas outras palavras que esclarecem este assunto: Nem todo que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a Vontade de meu Pai que está nos Céus. Palavras que nos explicam com claridade meridiana que pecadores são os que não fazem a Vontade de Deus.

Por erros de interpretação, que vêm desde há muitos séculos, generalizou-se um cristianismo que não salva, e os homens, desviados do Cristianismo Primitivo, estão sem receber os incomparáveis benefícios espirituais, morais e materiais que traz consigo, para todas as nações, para todos os homens!

É chegado o tempo da restauração da Verdade, a única que pode salvar o mundo, senão na sua generalidade, pelo menos em parte, já que as Santas Palavras do Evangelho nos anunciam que para todos não é a Verdade, porque todos os homens carecem desse espírito amplo te tolerância e de compreensão, de harmonia e respeito. Essa carência faz atrasar a marcha do Progresso em todas as suas diretrizes, como o vemos no rumo científico, no qual as verdades se abrem a passo, com grandes sacrifícios. Mas, tudo muda, e, na atualidade, no estado de imenso progresso alcançado em que as ideias dão várias voltas ao mundo em um segundo pelo rádio, e em que o avião abrevia as distâncias, os meios são diversos, as ideias abrem caminho, abrangendo toda a terra!

Cabe ao Brasil, neste tempo da História, lançar à toda América e ao mundo, a Santa Doutrina da Obediência a Deus, para unificar o homem com essa Potência Criadora que fez todas as coisas existentes, ou seja, o Espírito Santo de Deus.

Em harmonia com essa Força Onipotente, o homem poderá realizar o que antes era impossível, pois assim como o cientista precisa realizar suas experiências em harmonia com as leis naturais conhecidas, igualmente para chegar a um progresso sem paralelo, incomparável, é indispensável que o homem interior, o espírito, se coloque em harmonia com o Infinito, já que cada qual se identifica com aquele a quem obedece. Se obedecemos a Deus, nos identificamos com Deus. Mas, tendo sempre na memória que a Obediência a Deus não é para libertinagem, senão para cumprir dentro dos Mandamentos e Estatutos do Senhor, os quais são tão claros que todo o mundo pode ler no Antigo e Novo Testamentos, apartando os ditames humanos.

Oxalá, e a Deus rogo fervorosamente, que, principalmente, estudem este aspecto do Cristianismo, na sua base fundamental, todos os sacerdotes cristãos, pois a Doutrina que prego não provém de inteligência humana, nem sua interpretação. Em conformidade com o mesmo Evangelho, a interpretação das escrituras não é segundo o critério de cada um.

Confio em Deus, que os homens mais capacitados me compreendam, e, sem deixar-se levar pelos seus próprios critérios ou pelos critérios estranhos, quase sempre interesseiros, estudem e pratiquem esta, por dizer assim, nova modalidade do Cristianismo na sua pureza primitiva, e poderão estar certos que os resultados não se deixam esperar. Porque nada adiantariam com o reconhecimento de uma verdade, se não a pusessem em prática. E é a prática da Obediência, a que nos levará ao convencimento da Verdade. Pode-se assegurar, agora, que a fé do Cristo jamais foi uma fé cega, mas uma fé baseada na razão, uma fé consciente, raciocinada, demonstrável. A fé deve estar colocada ao serviço da Inteligência e não a Inteligência ao serviço da fé cega, invertendo aquilo que é natural. Devemos espiritualmente seguir o mesmo processo que se segue na Ciência Humana: feito um descobrimento, por quem quer que seja, é preciso comprová-lo, para que este conhecimento seja universal. Deus jamais deu ao mundo uma Ciência Divina, mediante Nosso Senhor Jesus Cristo, sem que ela fosse comprovada, e a prova irrefutável está em que os Apóstolos se chamaram os testemunhos do Cristo, não unicamente dos fatos maravilhosos que Ele realizou no mundo, demonstrando a Sua Divindade, mas principalmente pelos resultados alcançados por eles com a prática da Santíssima Obediência ao seu Criados, da qual ressaltam seus grandes frutos, realizando, à imitação do Cristo, fatos maravilhosos, que todos os homens podem realizar porque o Salvador não é o Salvador dos Apóstolos, mas o Salvador do mundo.

Os acontecimentos atuais têm absorvido a atenção do mundo inteiro, e são tão grandes as preocupações nesse sentido, que não poderiam dar tempo para se deter a meditar sobre as causas desse anormal estado de coisas, atendendo-se somente, como o caso requer, a remediar o grande cataclisma por meio da força, na luta permanente entre o bem e o mal, que se exterioriza identicamente na vida dos homens, como na vida das nações, nas mais variadas formas. Mas, entretanto, os homens de pensamento, os poucos que não se detêm só a comentar os fatos, os que não se deixam levar pelos pessimismos desarticuladores da estabilidade social e internacional, já no futuro próximo se preocuparão no aprofundamento das causas da maior aflição que, sem precedentes históricos, está sofrendo a humanidade onde o refinamento da crueldade está a serviço das almas desorientadas, sem bússola moral, sem compreensão espiritual, guiadas cegamente pelo fanatismo e pelo desmesurado amor a si próprio: o egoísmo na sua expressão máxima!

Daí que, quando cessa a luta fratricida, com a vitória da Força do Direito sobre a força bruta, mesmo que para obter este resultado se tivesse tido que recorrer à forma material, voltando o mundo à paz, se plasmará um novo mundo, uma nova consciência universal, que extermine as causas de tantos males, de tantíssimos infortúnios, de torrentes de lágrimas, de tantas dores, de incalculáveis sofrimentos materiais! Labor amplo e prolongado, o maior e mais belo trabalho dos legisladores de todos os tempos, dos estadistas, dos homens de letras! Seria uma obra infrutífera não combater as causas, senão, simplesmente, estabelecer uma lei internacional que faça justiça entre as nações no direito comum, quando se descuida neste a supressão das causas da delinquência. E, contudo, se a justiça humana jamais poderá ser perfeita, poderia ser perfeita a justiça internacional, emanada dos mesmos homens que, pela sua própria natureza, estão muito longe daquela perfeição, e cujas leis nascidas do imperfeito nunca poderiam ser perfeitas? Não, seria somente uma barreira, uma lei que rege os indivíduos, com efeitos preventivos e punitivos sobre as nações; ensaio que, pela primeira vez, se terá que por em prática na vida das relações internacionais.

Mas há que ir mais longe. Há que ter-se em consideração as ideias dos grandes pensadores de todas as nações que, dedicando-se ao estudo da Sociologia, chegam por todos os caminhos a um só resultado, sem a perfeição do indivíduo, com decretos e leis, não se consegue transformar, por arte de encantamento, os povos, porque a evolução é lenta e exige prolongados esforços. Os decretos e as leis vêm a contribuir para essa evolução, mas não com efeitos imediatos quando se referem à formação moral e cultural do indivíduo, que é a que grandes pensadores da nossa América, como também da Europa, assinalaram oportunamente. Não se poderia, pois, reformar a Sociedade Humana, se, primeiramente, em cada país, não se procurasse reformar o indivíduo, com uma educação espiritual adequada, por novos métodos e sistemas (Pois os antigos fracassaram notoriamente), em harmonia com o maior moralista que existiu na terra: Jesus, o Cristo, cuja moral emana de uma Lei Eterna, saiu dos limites dos convencionalismos científicos e religiosos, imperfeitos, humanos, para dar-nos uma Moral Perfeita, Absoluta, porque era emanada do Absoluto, do Estável, do Imutável. Duma Moral Superior que abrange todos os tempos, todos os povos, universal e eterna, emanação da Verdade na sua maior beleza e alcançável por Cristo, o Pai da Obediência Redentora dos erros e propulsora das virtudes, a divinização do homem: Não sabeis que vós também sois deuses, e que o Espírito de Deus faz todas as coisas em vós? Princípio universal e eterno, sem tempo nem espaço, acessível a todos os homens, a todos os povos, pois… Deus não faz acepção de pessoas. O que, porém, vos digo, a todo mundo digo.

O homem natural não pode fazer as coisas que são de Deus, porque não tem Poder. Por isso, São Paulo exclamava: Encontro em mim e em meus membros uma lei que se rebela contra a Lei do Espírito, pois o bem que eu quero fazer, não alcanço, e o mal que não quero, isso pratico. Quem me livrará do peso desta morte? Só Cristo. Nesta situação está todo homem material que vislumbra, mais ainda, chega a reconhecer o bem, mas não depende dele o praticar e, ao contrário, o mal que às vezes detesta, isso pratica. Ou, em outra palavras: o homem comum reconhece a sua impotência para vencer-se a si mesmo, na luta contra as paixões, nas lutas internas; sua vontade é frágil, deixa-se levar pelo mal mais facilmente que pelo bem.

Eis agora a chave do mistério: como salvar-se dessa terrível dificuldade, desse obstáculo insuperável que se apresentou até nas almas mais religiosas, nas dos mais exaltado misticismo, até nos talentos mais esclarecidos?

Cristo é o que salva, mas não Cristo no conceito de ser Ele um homem, Cristo no conceito do Primitivo Cristianismo, de ser Ele um estado de consciência. Por isso, o Santo Apóstolo dos Gentios podia exclamar: Eu não sou eu, mas Cristo que mora em mim. Quando esse estado de consciência habita em nós, recém somos verdadeiramente cristãos. Ele em nós vence todos os obstáculos no Caminho a Deus, é a Força Onipotente que rasga o véu e nos faz entrar vitoriosos na Eternidade, na Vida Eterna.

O Filho do Homem, como se chamava a si mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo, não podia isolar-se dessa Lei que rege as sociedades, pois o Grande Renovador não pode fazer modificar seu próprio meio ambiente, porque este o crucificou. Poucos, muito poucos foram os que alcançaram a dádiva celestial de compreendê-lo. O tempo, o fator tempo, se encarregou de colocá-lo no seu respectivo lugar. Mas, agora, se descobre a amplitude dessa lei de renovação pelo progresso alcançado pelas legislações dos povos civilizados do orbe, as nações democráticas, que facilitam a divulgação de todas as doutrinas filosóficas e religiosas, dentro do respeito às leis e poderes constituídos dos países. O mundo contemporâneo aumentou em população e em meios de comunicação. As ideias, os pensamentos dão dez voltas por toda a terra em um segundo, em contraste com os meios antigos do ano 4.004 da criação, segundo o calendário judaico, ano da vinda de Jesus, o Cristo. Tudo, pois, está providenciado e, a seu respectivo tempo, se cumprem os acontecimentos.

Pois bem, se por um lado contemplamos este grandioso quadro de adiantamento material, em troca, espiritual e moralmente, abrangendo o conjunto, encontramos um quadro diametralmente oposto, o que vem demonstrar, com claridade meridiana, o fracasso a que chegou a humanidade, nada valendo as sapientíssimas doutrina e filosofias, o conglomerado de métodos e sistemas educacionais. Tudo um fracasso! Precisamos então reviver o Primitivo Cristianismo, não com palavras, porque com palavras bonitas, com oratória barata, o mundo inteiro foi conduzido ao caos dos nossos dias. O tempo presente nos impele a estudar, a meditar sobre as causa do atraso espiritual e moral do mundo. Faz-se indispensável uma revisão dos valores que, na prática, deixaram de ser certos. É completamente necessário combater a ignorância, de onde derivam o fanatismo, o vício e o crime. Com a indiferença não se combate esses males que estão carcomendo, desde seus alicerces, uma civilização em decadência, porque uma civilização sem moral, deixa de ser civilização.

Que adiantaram tantos milhões de pregadores? Se suas pregações houvessem sido baseadas na Verdade, contemplaríamos outros frutos: A árvore se conhece pelos seus frutos. Que avanço material subsiste, se não há moralidade? Não vemos como são destruídas, em poucos minutos, as obras de arte que custaram séculos e incontáveis sacrifícios? Em suma, por que se destroem milhões de vidas e ficam na orfandade dezenas de milhões de crianças, se teremos que manter, depois, tantos inválidos e tantas viúvas? E nos chamamos cristãos! Confessamos que realmente éramos vítimas de um meio ambiente em completa oposição aos postulados de Cristo: Amai-vos uns aos outros. E aqueles que se apresentam como doutrinadores, não pregam a prática do bem? Todos pregam a moral, até os que nada creem são pregadores da moral. E o resultado está à vista, esperando tão só um momento de reflexão… É que com pregação da moral nada adianta, se não vai unido o ensino de sistema doutrinário que nos faça ser conhecedores e praticantes da Verdade, porque Moral sem estar unida à Verdade, deixa de ser Moral, é amoral, e as consequências todos estamos sentindo e lamentando.

Mas haveria adiantado o mundo, se houvesse sida cada qual árbitro do seu destino, sem imposições à consciência, ainda que ateus, mas com moral universal Preferível é ser frio, que morno. Mas, haveria sido favorável deixar às plantas ao seu progresso instintivo e natural, sem a sugestão desde a meninice, assim se haveria salvado o mundo dos erros dos nossos antepassados! O mundo inteiro leva às costas o peso dos erros de muitas gerações, e já se vislumbram as ideias que hão de reger os destinos do mundo; ter-se-á que recorrer ao castigo material, à imposição da força bruta para impor a moralidade e a paz entre os Estados. Triste situação a dos homens! Não encontraram outros meios, de momento, senão a forma previsora e compulsória da lei internacional que regerá a conduta das nações, como a lei penal determina uma relativa paz na vida da sociedade, mas que não salva, senão restringe somente a funesta ação dos ignorantes, as vítimas do atavismo às vezes ancestral.

Não unicamente de pão vive o homem. A meninice, principalmente, deve ser orientada em novos rumos que, procedendo desta forma, levarão a patentear novos progressos espirituais e morais.

As práticas de cultos materiais nada adiantam: ou tomam parte na luta fratricida, ou se veem impelidas à luta pela própria defesa. Impõem-se uma reforma total de todos os sistemas educativos, se é que desejamos uma vida melhor para os nossos filhos.

Eis o problema, por si sumamente complexo, que se apresenta ao estudo dos legisladores. Entre estes, deverá estar a supressão completa dos ensinamentos religiosos em todos os programas de educação do mundo, deixando este labor para os sacerdotes nos seus respectivos templos.

(*) Texto escrito pelo professor Julio Ugarte y Ugarte. O atual texto foi publicado no Boletim Informativo 34, de julho de 1990. Este texto não continha, no original, título, data, ou assinatura do Professor Ugarte. Seu estilo, porém, é inconfundível, por apresentar detalhes pertencentes à sintaxe da Língua Espanhola e não à da Língua Portuguesa. Afora isto, existem outras evidências como a correção que sempre fazia, após datilografar o texto em nossa língua, e o emprego de termos originais e na ortografia de sua língua de origem. Não só pelo fato de termos recebido o original das mãos de um irmão, em quem, pela Vontade de Deus, confiamos, mas também por conter inúmeros detalhes que atestam ser o original de autoria de nosso Pai na Obediência do Cristo, é que o reproduzimos nestas páginas para dar a conhecer a toda a Igreja.”.

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